Sapotaceae

Chrysophyllum flexuosum Mart.

Como citar:

Monira Bicalho; Eduardo Amorim. 2022. Chrysophyllum flexuosum (Sapotaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

826.712,74 Km2

AOO:

548,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Alves-Araújo et al., 2022), com distribuição: no estado da Bahia — nos municípios Camamu, Caravelas, Entre Rios, Ilhéus, Itacaré, Itajuípe, Mata de São João, Salvador, Una e Uruçuca —, no estado do Espírito Santo — nos municípios Águia Branca, Aracruz, Baixo Guandu, Santa Leopoldina e Santa Teresa —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Barão de Cocais, Descoberto, Fervedouro, Leme do Prado e Viçosa —, no estado do Paraná — nos municípios Cerro Azul e Morretes —, no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Angra dos Reis, Cachoeiras de Macacu, Campos dos Goytacazes, Casimiro de Abreu, Duque de Caxias, Guapimirim, Macaé, Magé, Mangaratiba, Natividade, Niterói, Nova Iguaçu, Parati, Paraty, Petrópolis, Queimados, Rio das Ostras, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena, São Francisco de Itabapoana, Silva Jardim e Teresópolis —, e no estado de São Paulo — nos municípios Bertioga, Cananeia, Cananéia, Caraguatatuba, Cotia, Cubatão, Guarujá, Iguape, Iporanga, Itanhaém, Juquiá, Juquitiba, Miracatu, Mogi das Cruzes, Paraibuna, Pariquera-Açu, Paulo de Faria, Peruíbe, Salesópolis, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Paulo, São Sebastião, São Vicente, Sete Barras, Tapiraí e Ubatuba.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2022
Avaliador: Monira Bicalho
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 9 m de altura, endêmica do Brasil, ocorre na Mata Atlântica, em fitofisionomias de Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila. Apresenta um extenso EOO, igual a 588325km² e mais de 10 localizações condicionadas a ameaças. Adicionalmente, vários registros foram documentados em Unidades de Conservação de proteção integral. Somado à isto, não foram documentados declínios populacionais para aplicação de outros critérios. Assim, a espécie foi considerada como Menos Preocupante (LC) neste momento, demandando assim, ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Possivelmente extinta? Não
Razão para reavaliação? Other
Justificativa para reavaliação:

Transcorridos mais de 5 anos após a última avaliação da espécie.

Houve mudança de categoria: Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2011 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Flora 20(2, Beibl. 7): 98, 1837. Popularmente conhecida como bapeba-pedrim. Apresenta face foliar abaxial com indumento densamente pubescente a seríceo; sépalas 3-3,5 × 2-2,5 mm; corola 4-5 mm compr.; estilete 2-2,5 mm compr.; estigma simples; fruto elíptico. Ramos seríceos quando jovens e pubescentes quando maduros, lenticelas presentes (Sossai e Araújo, 2017).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Estudos fitoquímicos evidenciaram atividade antioxidante dos extratos das folhas e ramos desta espécie, além de atividade biológica com potencial farmacológico que demandam mais estudos aprofundados. Também apresentou atividade antifúngica quanto às espécies patógenas como Cladosporium sphaerospermum e Cryptococcus neoformans (Marqui, 2007).

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore de até 9 m de altura. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Estadual Semidecidual e Floresta Ombrófila (Alves-Araújo et al., 2022).
Referências:
  1. Alves-Araújo, A., Carneiro, C.E., Faria, A.D., 2022. Chrysophyllum. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB14456 (acesso em 23 de maio de 2022)

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT Paraná-São Paulo - 19 (PR), Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território Vale do Paraíba - 30 (RJ), Território Rio de Janeiro - 32 (RJ), Território Itororó - 35 (BA), Território PAT Espinhaço Mineiro - 10 (MG), Território PAT Capixaba-Gerais - 33 (ES).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Bacia do Paraíba do Sul, Área de Proteção Ambiental Baía de Camamu, Área de Proteção Ambiental Baía de Todos Os Santos, Área de Proteção Ambiental Costa de Itacaré/Serra Grande, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Macacu, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João - Mico Leão, Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental de Tinguá, Área de Proteção Ambiental do Alto Iguaçu, Área de Proteção Ambiental Lagoa Encantada, Área de Proteção Ambiental Ponta da Baleia/Abrolhos, Área de Proteção Ambiental Rio d'Ouro, Área de Proteção Ambiental Serra do Mar, Área de Proteção Ambiental Suruí, Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba, Estação Ecológica Juréia-Itatins, Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual da Campina do Encantado, Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Parque Estadual da Serra da Tiririca, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual do Desengano, Parque Nacional da Serra da Bocaina, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional da Tijuca, Parque Natural Municipal de Niterói, Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba, Reserva Biológica de Poço das Antas, Reserva Biológica União, Reserva Extrativista Mandira e Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Arte Verde.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
3. Medicine - human and veterinary natural leaf
Os extratos fitoquímicos oriundos de seus folhas e ramos apresentaram potencial antifúngico e antioxidante (Marqui, 2007).
Referências:
  1. Marqui, S.R. de, 2007. Estudo fitoquímico e busca de substâncias bioativas de Chrysophyllum flexuosum (Sapotaceae). Universidade Estadual Paulista.